segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aumento o som do meu estéreo que eu quero te levar a serio....

     E foi assim que ele perdeu toda as suas perspectivas de vida, ele a queria, mas via que isso não era algo recíproco. Ele já tinha ouvido outrora da boca da mesma que ela não o amava, ja havia lido, enfim tudo já estava bem explicito... Mas ainda assim ele não conseguia se desprender dela, ainda que estivesse vendo que pouco a pouco a chama que havia dentro dele não era da mesma intensidade de antes. Tentou se drogar por dias e enquanto estava sob efeito dos alucinógenos parecia estar distante, como numa daquelas paisagens que só se vê em filmes, e pensava que quando tudo aquilo acabasse tudo estaria belo, tudo se resolveria... O tempo passou, aquela rotina de se tirar do sua própria consiência se repetiu por vezes e vezes sem que ninguém percebesse, e ele viu que não conseguiria muda-la, ela não permitia isso, talvez estivesse mesmo machucada, mas ainda sim ele sabia que restava forças à ela para se reconsituir, bastava apenas ela se permitir.
       Acontece que quando há tantas covardias, tantas feridas, tanto foi o descaso dela para com o coração dele que, surgiram feridas imensas, que pareciam não mais ter cura, chagas que atingiram a alma, e ele se tornou  algo talvez bem parecido com ela, ou não. Fato é que ele se tornou vazio, não conseguia mais acreditar no amor e em nenhum outro sentimento que deveria haver entre duas pessoas que se amam. Ficou nítido que ela tirou dele toda a fé que um dia ele teve no amor, mas com que direito? Que direito tinha ela de pisotear aquele coração que só queria o bem dela, só queria de volta a paz que um dia reinou nele, com que direito ela brincava assim tão discaradamente com os sentimentos dele? Como ela conseguiu fazer tudo aquilo ser tão real por um tempo, talvez se ela não tivesse se rebelado assim talvez ele nem teria percebido como é ser enganado. Por fim ele era prisioneiro daquele pseudo amor, e só queria ser libertado daquele cativero, cativero o qual ele já não tinha forças para fugir, não conseguia achar forças, talvez por medo ferir-se mais, se é que aquilo era possível.


Ainda que ele consiga disfarçar bem o sofrimento, o pior é não conseguir mentir nem enganar a si mesmo, ele ainda a amava.

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